segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

10ª aula (Microbiologia das Salmonellas)

As salmonellas são bactérias Gram negativas não esporuladas e móveis pertencentes à família Enterobacteriáceas. Este gênero de bactéria apresenta-se em três espécies: Salmonella typhi, Salmonella choleraesuis e Salmonella enteridtis. Esta última apresenta mais de 1400 variações.
Com exceção da Salmonella typhi, quee afeta aos seres humanos provocando a febre tifóide, a maioria são patogênicas tanto para os homens quanto para os animais.
Nos seres humanos as salmonelas são responsáveis por diferentes quadros clínicos (doenças provocadas) como a febre tifóide e paratifoidea, gastrenterite por salmonela, infecções localizadas, etc.
Entretanto, existem pessoas que podem sofrer quadro de infecção assintomática, ou, ainda, ser portadoras transitórias ou crônicas, sendo as responsáveis pela disseminação dos bacilos. As principais fontes de transmissão de salmonela são os alimentos contaminados.
A maior parte das pessoas infectadas com Salmonella apresenta diarréia, dor abdominal (dor de barriga) e febre. Estas manifestações iniciam de 12 a 72 horas após a infecção. A doença dura de 4 a 7 dias e a maioria das pessoas se recupera sem tratamento. Em algumas pessoas infectadas, a diarréia pode ser severa a ponto de ser necessária a hospitalização devido à desidratação. Os idosos, crianças e aqueles com as defesas diminuídas (diminuição da resposta imune) são os grupos mais prováveis de ter a forma mais severa da doença. Uma das complicações mais graves é a difusão da infecção para o sangue e daí para outros tecidos, o que pode causar a morte caso a pessoa não seja rapidamente tratada.
Imagem: http://www.socialmediacommando.com/wp-content/uploads/2010/04/salmonella.jpg

Obrigada, Patrícia Carvalho

Bibliografia

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

9ª aula (Microbiologia - Sífilis)

A sífilis é uma doença infecciosa e contagiosa causada por uma bactéria: a Treponema pallidum. Ela é adquirida, principalmente, via contato sexual desprevenido, com parceiro infectado. Pode ser transmitida de mãe para feto conhecida como sífilis congênita.

A destruição pela infecção do T. pallidum, resulta principalmente dos danos causados pelo próprio sistema imunológico , tentando destruí-lo. O período de incubação da doença é mais ou menos de 21 dias, pois sua reprodução dura em média de 30-36hs. Importante saber, que ela tem baixa resistência ao meio ambiente, ressecando-se rapidamente.

Sífilis primária (cancrosifilítico): manifesta-se após um período de incubação variável de 10 a 90 dias, com uma média de 21dias após o contato. Até este período inicial o indivíduo permanece assintomático, quando aparece o chamado cancro duro ". O cancro é uma ulceração firme e dura que ocorre no ponto exposto inicialmente ao treponema, geralmente no pênis,na vulva, no ânus e na boca.
Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJTG9Rkaipr1WNjPImQ8KVHNDpv55Sr3dsxwyDBnsivscxmkLXfs0itmenW4-vKN9ixRXuKltCwNIshTC9bfKigdxwyMkl2uCUCZcwnXZsAnAxyZIcgSSpkT99gSDmg5K14fNU2ZCnSCpT/s1600-h/SymptonPenis.jpg

Sífilis secundária: é a sequência da sífilis primária não tratada e é caracterizada por uma erupção cutânea que aparece de 1 a 6 meses após a lesão primária ter desaparecido. Esta erupção é vermelha rosácea e aparece simetricamente no tronco e membros. Em áreas úmidas do corpo se forma uma erupção cutânea larga e plana chamada de condiloma lata.
Sífilis terciária: acontece já um ano depois da infecção inicial, mas pode levar 10 anos para se manifestar. Esta fase é caracterizada por formação de gomas sifilíticas (15%). Tumorações amolecidas vistas na pele e nas membranas mucosas, mas que podem acontecer em qualquer parte do corpo, até mesmo no esqueleto ósseo. 

Sífilis congênita: é a sífilis adquirida no útero e presente ao nascimento. 40% dos nascimento de mãe sifilítica são natimortos, 40-70% dos sobreviventes estão infectados e 12% destes morrerão nos primeiros anos de vida com diferentes manifestações clínicas patológicas.
Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3VdOYajRWvKcS_TmUzL5A5npjIuT5z4vP1_kHjxMzGEhTgLem03pagpl7v3DDmsl5ArhbOuLjSTJ2o77hTUlYyTFIfeyfVCwT5qLQCz2eKCpa8RymBxx_rSbrK-ztvX3rA2Kheg4WiU2U/s1600/sifiliscongenita.jpg

Sífilis decapitada: é adquirida por transfusão de sangue. Não apresenta a primeira fase e começa direto na sífilis secundária.

Diagnóstico: teste sorológico VDRL (laboratório de investigação de doença venérea).
Tratamento: consiste tipicamente em penicilina G benzatina durante vários dias ou semanas. Indivíduos com reação alérgica ao antibiótico, podem ser tratados com tetracidina por via oral.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

8ª aula (Microbiologia Neisseria)

No poste de hoje, será comentado duas espécies de Neisseria que visam ser os mais importantes agentes patologicos em humanos chamados de Neisseria gonorrhoea-gonococo e Neisseria meningitidis-meningococos. As demais espécies estão geralmente presentes nas superfícies mucosas da orofaringe e ocasionalmente colonizam as membranas mucosas anogenitais.



Neisseria gonorrhoea-gonococo: causadora da gonorréia, são gram-negativos, cocos aeróbios e imóveis, oxidase e catalase positivos; produção de ácido a partir da degradação oxidativa da glicose . Etapas da infecção: invasão da mucosa - adere á superfície da mucosa - penetra na célula epitelial - citoplasma e prolifera. A substância siderocromo presente na bactéria facilita a colonização, pois cliva a IgA.  60% dos infectados tem idade entre 15-24 anos e 10% dos homens e 40% das mulheres albergam o gonococo em seus órgãos genitais sem sintomas - NÃO procuram o médico. Transmissão: contato sexual e leva de 2 a 30 dias para a manifestação dos sintomas. No homem e na mulher a faringite gonocócica resulta de sexo oral e também pode infecta-se por sexo anal.

HOMEM: Uretrite e prostatite.

Uretrite: é designado aos processos inflamatórios ou infecciosos da uretra. Neste caso, iremos abordar somente os processos infecciosos.
As uretrites infecciosas são doenças sexualmente transmissíveis (DST), que é o nome atualmente aceito para as antigas doenças venéreas, termo este empregado no passado, quando blenorragia (gonorréia) e sífilis dominavam o cenário das DST. A gonocócica, como diz o termo, é a causada pelo gonococo (N. gonorrhoeae) e as não-gonocócicas são mais comumente causadas por um dos germes a seguir:
Clamidia: A espécie Trachomatis causa cegueira e DSTs. Mycoplasma e Ureaplasma.
   A uretrite gonocócica produz extremo desconforto uretral, com dor, ardor, urgência urinária e secreção abundante, esverdeada, que suja a roupa íntima do(a) portador(a).

OBS: Não entrarei muito em detalhes sobre tal patologia como diagnostico, tratamento, pois darei ênfase a microbiologia da doença.


Prostatite aguda: processo pelo qual dar-se inflamação na próstata, e seu causador são vários, mas o desde estudo é gonococo.

MULHER: Cervicite, uretrite, salpingite.

Cervicite: é uma inflamação do colo do útero, também conhecido como cérvix uterino. De longe, a forma mais comum é a cervicite bacteriana, que pode ser causada pelas bactérias naturais da flora vaginal como também por bactérias transmitidas através da relação sexual. A Clamydia Tracomatis e a Neiserriae Gonorreae são as que melhor representam essa última opção e respondem pela grande maioria dos casos das formas agudas de cervicite. A cervicite crônica é um diagnóstico histológico, ou seja, é feita somente através da leitura do material colhido durante o exame preventivo. Nem sempre precisa de tratamento ou é sinal de algum problema grave. Isso é completamente diferente da cervicite aguda, em atividade, que só pode ser observada no momento do exame ginecológico. Ao contrário do que muita gente pensa, ela não aparece no resultado do exame preventivo!. Na criança pode ocorrer conjuntivite gonocócica, meningite gonocócica e vulvovaginite adquirida ao nascimento. Tratamento: penicilina
Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-hH4v0kUASCxapNGGteLtTPJvDJC11_1ptJ_4eluTL7QL7veQNCRVRI1G74MgS7B1LGb48UMmV7Sr1zGZAb1BRjl0jaZiKQdsGLdQ9Q_C0p9vLK-fIe4F03GpQOoDQZj2cBHs2aEsoNTD/s400/cervicite.jpg

Salpingite ou Anexite: é a inflamação pélvica das trompas de Falópio (tubas uterinas). É mais comum nas mulheres sexualmente activas. Pode resultar de infecções da cavidade abdominal devido à comunicação que há entre esta e os óstios abdominais das tubas. Uma das causas principais de infertilidade feminina é o bloqueio das tubas uterinas, frequentemente resultado de infecção que causa salpinge. Ocorre muitas vezes gravidez ectópica.
Imagem: http://www.geocities.ws/carolparada/monografia/urologia/dipht1.jpg

Neisseria meningitidis: Gram negativo, diplococos semelhante a Neisseria gonorrhoeae. Oxidase e catalase positivos; produção de ácido a partir da degradação oxidativa da glicose e maltose. È encontrado no sangue e no líquor e afeta o SNC. Seus fatores de virulência são as proteases de IgA, cápsula, pili e endotoxina (LOS). Epidemiologia: 3% a 40% na nasofaringe dos indivíduos normais. Transmissão respiratória direta ou por perdigoto, a bactéria não consegue sobreviver no meio ambiente. Meningo A+C: vacina meningocócica preparada a partir de polissacarídeos capsulados bacterianos purificados indicada como agente imunizante contra infecções meningocócicas causadas por Neisseria meningitidis dos grupos A e C. Outras infecções causadas por N. meningitidis consistem em pneumonia, artrite e uretrite.
Imagem: http://fotos.sapo.pt/nF4vpFE9nAosluj1BvvZ/


Obrigada, Patrícia Carvalho

Bibliografia
http://pt.scribd.com/doc/33778223/neisseria-Microbiologia
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/uretrite/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Clam%C3%ADdia
http://www.marianamaldonado.com.br/2009/06/espaco-mulher/cervicite/
http://www.fapi.br/conteudo/conteudo_programatico/farmacia/cpsp-neisseria_guilherme-silvia.pdf

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

7ª aula (Microbiologia da Enterobater Shigella)

Definição: O gênero Shigella identifica bactérias gram-negativas, não-esporuladas e em forma de bastão intimamente relacionadas com a Escherichia coli e Salmonella. É o agente causador da shigelose humana e pode causar esta doença em outros primatas, mas não em outros mamíferos, sendo encontrada naturalmente apenas em humanos e macacos. Durante a infecção normalmente causa disenteria. Há várias espécies que podem causar disenteria, como S.dysenteriae (sintomas mais graves), S.flexneri, S.boydii e S.sonnei (menos grave).
http://www.microbiologyatlas.kvl.dk/biologi/images/kolonier/shigellasonnei.jpg

As Shigella produzem a Exotoxina ShT1 (no caso da S. dysenteriae, esta produz a Exotoxina Shiga) que destroem os ribossomas das células hospedeiras, impedindo a síntese protéica e matando a célula. Elas são endocitadas pelas células M da mucosa intestinal, invadindo a submucosa levando a destruição (necrose) devido a liberação na produção da toxina shiga. Devido a auto destruição da mucosa, leva à perda da capacidade de absorção de água, e à hemorragia dos vasos locais, com perda adicional de muco acentuada após destruição das células caliciformes. O resultado é a diarréia sanguinolenta e mucóide abundante, denominada disenteria. Diagnóstico: Cultura de amostras fecais com identificação microscópica e bioquímica. Tratamento: É administrado um liquido com eléctrolitos (ou água com sal e açucar) para evitar a desidratação, e antibióticos como penicilina, quinolonas e cefalosporinas.Via de transmissão: oral/fecal.

Obrigada, Patrícia Carvalho

Bibliografia

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

6ª aula Microbiologia (Escherichia coli)



Definição: Escherichia coli é um dos microrganismo tido como habitante natural da flora microbiana do trato intestinal de humanos e da maioria dos animais de sangue quente, sendo portanto, normalmente encontrado nas fezes destes animais. Muitas cepas de Escherichia coli não são patogênicas.
São classificados como bastonetes retos, Gram negativos, não formadores de esporos,  possuem motilidade através de flagelos ou são imóveis. São anaeróbios facultativos e utilizam D-glicose e outros carboidratos com a formação de ácido e gás. São oxidase negativa, catalase positiva, vermelho de metil positivo, Voges-Proskauer negativo e geralmente citrato negativo. São negativos para H²S, hidrólise de uréia e lipase
Existem basicamente quatro diferentes grupos de Escherichia coli que tem sido relacionados com surtos de infecção alimentar, sendo classificados de acordo com:


São classificadas em 4 tipos:

Escherichia coli enteropatogênica ( EPEC ): é conhecida como causadora de surtos de diarréia neonatal que ocorre freqüentemente em berçários hospitalares. Muitos adultos possuem EPEC no trato intestinal, porém não expressam os sintomas da doença. Acredita-se que adultos adquirem imunidade a este microrganismo. Acredita-se que a aderência à mucosa intestinal seja um importante fator para a colonização do trato intestinal.

Escherichia coli enteroinvasiva ( EIEC ): tem um comportamento patológico muito semelhante a Shigella. Os sintomas são calafrio, febre, dores abdominais e disenteria. A dose infectante é alta. O período de incubação varia de 8 a 24 horas e a duração da doença é usualmente de vários dias. O curso da infecção é muito semelhante ao da Shigelose. O microrganismo invade células do epitélio intestinal, multiplica-se dentro destas células e invadem células epiteliais adjacentes provocando ulcerações do cólon, resultando finalmente em diarréia de sangue. Aproximadamente 11 sorotipos são responsáveis por infecções de EIEC e o principal deles é O: 124.

Escherichia coli enterotoxigênica ( ETEC ): é geralmente mais associada à " diarréia do viajante". Os sintomas de ETEC são similares aos da cólera: diarréia aquosa, desidratação, possivelmente choque, e algumas vezes vômito. A dose infectante é muito alta.  O período de incubação varia de 8 a 44 horas, produz uma ou mais toxinas, que vão agir no intestino delgado induzindo a libertação de fluido. Não ocorre invasão nem dano à camada epitelial do intestino delgado, apenas ocorre colonização e produção. Para que o ETEC cause diarréia em um hospedeiro 1º ele tem que ser toxigênico, 2º ingerir quantidades suficientes do microrganismo para que ocorra a doença, e 3º o microrganismo deve estar em contato com a mucosa do intestino delgado.

Escherichia coli enterohemorrágica ( EHEC ): este é provavelmente o mais importante em termos de infecções alimentares. O principal sorotipo envolvido é o O157:H7, são gram-negativos, oxidase negativo, e catalase positivo (Fonte: Manual Bergey’s). Os microorganismos secretam um material tóxico e desencadeiam inflamações intestinais hemorrágicas, que em casos mais graves provocam insuficiência renal devido a complicação pela Síndrome Urêmica Hemolítica (SUH) podendo levar a morte, entre outras complicações. O microrganismo serve como modelo para a transcrição de um perigoso veneno conhecido como, "Shigatoxina". Esta toxina atua de várias maneiras, uma delas é através do bloqueio da biossíntese proteica, desencadeando nas células o processo de apoptose envolvendo sinais em cascata. Sintomas: é bastante severa e pode ser expressa por três manifestações diferentes: Colite hemorrágica, síndrome urêmica hemolítica (HUS), e trombocitopenia trombótica púrpura (TTP). O período de incubação da doença varia de 3 a 9 dias. A patogenia não foi completamente definido, mas já se sabe que ela produz uma ou mais toxinas. As toxinas são imunologicamente e estruturamente semelhantes à "Shiga toxina", produzida pela Shigella dysenteriae, apresentando características idênticas de atividade biológica, citotoxidade às células HeLa, letalidade a ratos e enterotoxidade.


Obrigada, Patrícia Carvalho

Bibliografia

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

5ª aula (Patologia do sistema uterino)

Antes de começar o estudo de algumas principais patologias uterinas, vou ressaltar a pergunta que acredito que muitas pessoas ainda tem dúvida sobre o assunto. Foi retirada do site do INCA do Ministério da Saúde.

Qual a relação entre os HPV e o câncer do colo do útero?
Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Eles são classificados em, os de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos.
Quais são eles?
Os vírus de alto risco, com maior probabilidade de provocar lesões persistentes e estar associados a lesões pré-cancerosas são os tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros. Já os HPV de tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais (ou condilomas genitais) e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade, apesar de serem encontrados em pequena proporção em tumores malignos.



Tirando essas dúvidas ficará muito mais fácil o entendimento da matéria a seguir.


Tumor maligno

Os carcinomas cérvico-uterinos podem ter os seguintes tipos histológicos:
Carcinoma epidermóide: é um tumor maligno desenvolvido a partir de células epiteliais.
Adenocarcinoma: é uma neoplasia maligno que se origina em tecido glandular.
Carcinoma adenoescamoso: neoplasia maligna que se origina em tecidos epiteliais escamosas.

Câncer de colo de útero: é um câncer de crescimento lento. O quadro clínico de pacientes portadoras de câncer de colo do útero pode variar desde ausência de sintomas (tumor detectado no exame ginecológico periódico) até quadros de sangramento vaginal após a relação sexual, sangramento vaginal intermitente (sangra de vez em quando), secreção vaginal de odor fétido e dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico é, predominantemente, clínico. A coleta periódica do exame citopatológico do colo do útero conhecido como papanicolau, além da coleta do citopatológico, é realizado o Teste de Schiller (coloca-se no colo do útero uma solução iodada) para detectar áreas não coradas, suspeitas, fundamental para o diagnóstico.O tratamento das pacientes portadoras desse câncer baseia-se na cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

Tumores benignos 

definição de pólipo: é termo clínico aplicável a qualquer formação, séssil ou pediculada, que faça relevo a partir da área de implante em relação à superfície adjacente, independente de sua estrutura histológica.

Pólipos endometrial: geralmente são proliferação das células endometrias, glândulares, oriundas do endométrio ou da endocérvix. Podem ser pediculado ou séssil, designa a formação polipóide que reproduz total ou parcialmente o endométrio.

Cervicite:  a cervicite é uma inflamação do colo do útero, também conhecido como cérvice uterino.
Cervicite é uma irritação do colo do útero provocada por um número de organismos diferentes. Causas comuns são a gonorréia, herpes, clamidia e infecções bacterianas. Existem também cervicites crônicas comuns nas mulheres depois do parto. É associada também freqüentemente com a gravidez e o uso de contraceptivos orais. Menos geralmente, a cervicite é causada por sensibilidades a determinados produtos químicos, incluindo aqueles nos espermicidas, no látex das camisinhas, e nos tampões vaginais.

Papiloma Vírus Humano (HPV):  nome genérico de um grupo de vírus que engloba mais de cem tipos diferentes, pode provocar a formação de verrugas na pele, e nas regiões oral (lábios, boca, cordas vocais, etc.), anal, genital e da uretra. As lesões genitais podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer do colo do útero e do pênis. A transmissão se dá predominantemente por via sexual, mas existe a possibilidade de transmissão vertical (mãe/feto), de auto-inoculação e de inoculação através de objetos que alberguem o HPV.  Diagnóstico: As características anatômicas dos órgãos sexuais masculinos permitem que as lesões sejam mais facilmente reconhecíveis. Nas mulheres, porém, elas podem espalhar-se por todo o trato genital e alcançar o colo do útero, uma vez que, na maior parte dos casos, só são diagnosticáveis por exames especializados, como o de Papanicolaou (teste de rotina para controle ginecológico), a colposcopia e outros mais sofisticados como hibridização in situ, PCR (reação da cadeia de polimerase) e captura híbrida. Sintomas: pode ser assintomática ou provocar o aparecimento de verrugas com aspecto parecido ao de uma pequena couve-flor na pele e nas mucosas. O tratamento pode ser clínico (com medicamentos) ou cirúrgico: cauterização química, eletrocauterização, crioterapia, laser ou cirurgia convencional em casos de câncer instalado.


Obrigada, Patrícia Carvalho

Biblografias

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

4ª aula (PATOLOGIA DO SISTEMA GASTROINTESTINAL)

Mais uma aula referente aos assuntos estudados em sala, da disciplina de Patologia. O presente estudo estar relacionado as doenças do sistema gastrointestinal que foi um dos assuntos da prova de hoje 01/12/2011. 



Patologia do esôfago

Carcinoma Epidermóide do Esôfago: O câncer no esôfago é uma doença no qual células malignas começam a desenvolver-se no revestimento interno do músculo e, dependendo de sua evolução, podem atingir suas outras camadas.

Existem duas formas comuns de câncer de esôfago: o Carcinoma Espinocular e o Adenocarcinoma.

Carcinoma espinocelular (também conhecido como Carcinoma Epidermóide) é um tipo de câncer que se forma a partir de alterações das células escamosas. Ocorre mais freqüentemente na parte inicial e média do esôfago, porém pode ocorrer em todas as regiões do órgão. O carcinoma epidermóide escamoso é responsável por grande parte dos casos de Câncer de Esôfago. 
 O Adenocarcinoma é um tipo de câncer que se forma a partir de alterações das células glandulares. Ocorre mais freqüentemente na parte final do esôfago. 
 Fatores de risco: Além das bebidas quentes, o tabagismo em suas diversas formas e o consumo de álcool, existem algumas condições, fatores e disfunções que podem ser colaborar para a formação de um tumor:
  • Esôfago de Barrett: É o nome dado à alteração que pode ocorrer na parte inferior esôfago, devido à substituição de células originais do esôfago por células semelhantes a do intestino. O sintoma principal dessa alteração é a Doença do Refluxo Gastroesofágico.
  • Acalásia: Trata-se de uma disfunção neuromuscular no esfíncter (músculo circular) presente no esôfago. Essa alteração gera a dificuldade da passagem do alimento e pode evoluir com uma dilatação do esôfago.
  • Refluxo gastroesofágico: refluxo do conteúdo gástrico para o esófago.
  • Esofagite: ex: candidíase 
  • Lesões Cáusticas – São lesões causadas pela ingestão de produtos químicos e sua passagem pelo esôfago.
  • HPV – A infecção pelo Papilona Vírus Humano (vírus transmitido pelo contato sexual) pode provocar lesões da pele ou das mucosas. Existem centenas de tipos diferentes de HPV, e cada um deles, individualmente, pode apresentar baixo ou alto risco de causar tumores malignos.
  • Síndrome de Plummer-Vinson: essa síndrome é gerada por uma anemia com intensa ausência de ferro no organismo, ocasiona o aparecimento de tecidos (estenose) que dificultam a deglutição pelo esôfago (disfagia).
Outros - Além desses há fatores de riscos de ordem comportamentais como má higiene bucal, o histórico de câncer de cabeça e pescoço anteriores ou na família ea idade avançada do paciente.
O diagnóstico pode ser feito por radiografia do tórax, esofagograma, endoscopia, biópsia, além dos que foram demostrado no item anterior como HPV, esofagite, síndrome de Plummer-Vinson, entre outras.

Patologia do estômago
• Hérnia do hiato
• Gastrite
• Úlcera gástrica

Hérnia do hiato: é uma situação em que a parte superior do estômago, passa para cavidade torácica.

Gastrite: inflamação gástrica. Existem dois tipos de gastrite: crônica e aguda. 
  A gastrite aguda é uma inflamação passageira. Quando não tratada pode evoluir para a gastrite crônica. Pode causar sangramentos pela boca (hematêmese) ou pelo reto (melena). As causas da gastrite aguda são: uso de medicamentos (ácido acetilsalicílico, corticoides, alguns anti-inflamatórios), estresse físico e psíquico; bebida alcoólica; ingestão acidental ou suicida de substâncias ácidas corrosivas.
  Na gastrite crônica, a bactéria Helicobacter pylori por vezes é a causadora da infecção. Por viver muito bem em ambientes ácidos, a Helicobacter pylori pode levar à destruição da mucosa que reveste e protege a parede do estômago, caracterizando a gastrite.
Gastrite crônica atrófica: Ocorre quando os anticorpos atacam o revestimento mucoso do estômago, provocando o seu adelgaçamento e perda de muitas ou de todas as células produtoras de ácido e de enzimas. Esta perturbação afecta normalmente as pessoas mais velhas. Também tem tendência para ocorrer nas pessoas a quem foi extirpado parte do estômago (procedimento cirúrgico chamado gastrectomia parcial). A gastrite atrófica pode provocar anemia perniciosa porque interfere com a absorção da vitamina B12 presente nos alimentos.

Úlcera gástrica: A úlcera é uma área focal da mucosa (pele que recobre desde a boca até o ânus ) do aparelho digestivo que foi destruída pelos sucos digestivos. O sintoma mais comum é uma sensação de dor tipo queimação ou vazio na boca do estômago (região epigástrica). A dor geralmente ocorre entre as refeições e algumas vezes acorda o paciente durante a noite. Pode durar durante minutos ou horas e geralmente alivia quando o paciente se alimenta ou faz uso de anti-ácidos. Outros sintomas menos comuns incluem náusea , vômitos , perda do apetite e peso. As úlceras podem ser causadas por três fatores: 1- agente irritantes tais como AINEs (medicações a base de anti-inflamatórios não esteróides), 2- desequilíbrio entre a acidez do suco gástrico e a barreira mucosa, 3- presença da bactéria Helicobacter pylori. 

Complicações:
Hemorragia: O sangramento de uma úlcera pode ocorrer tanto no estômago como no duodeno sendo algumas vezes o primeiro sinal de suas existência. O sangramento pode ser lento causando uma anemia crônica e fadiga constante. Ou rápida podendo levar o paciente a Ter vômitos enegrecidos como "borra de café" ou evacuações enegrecidas e fétidas. ( o sangue sofre digestão e sua aparência torna-se enegrecida)

Perfuração: Quando as úlceras não são tratadas , o suco digestivo e ácido gástrico pode literalmente corroer a parede do estômago ou duodeno levando a uma perfuração. Derramamento abrupto de suco digestivo com ácido e alimento pode levar a uma dor intensa, aguda com necessidade de cirurgia de emergência pela presença de uma peritonite.

Obstrução: A presença da inflamação crônica de uma úlcera pode causar um inchaço local e cicatrização levando a diminuição do espaço por onde o alimento passa. Este fenômeno leva o paciente a ter vômitos tardios ( vomita conteúdo do almoço do dia anterior) e emagrecimento.

Diagnóstico: exame mais indicado é a endoscopia digestiva, e durante o exame pode ser realizada biopsia, e em casos especiais pode ser feito o RX do tubo digestivo superior.

Patologia do intestino

Úlcera duodenal:  semelhante a úlcera gástrica, com os mesmos sintomas, causas, tratamento e prevenção.

Doença de Crohn:  Não se conhece uma causa para a Doença de Crohn. Várias pesquisas tentaram relacionar fatores ambientais, alimentares ou infecções como responsáveis pela doença. Porém, notou-se que fumantes têm 2-4 vezes mais risco de tê-la e que particularidades da flora intestinal (microorganismos que vivem no intestino e ajudam na digestão) e do sistema imune (mecanismos naturais de defesa do organismo) poderiam estar relacionadas. Nenhum desses fatores, isoladamente, poderia explicar por que a doença inicia e se desenvolve. O conjunto das informações disponíveis, até o momento, sugere a influência de outros fatores ambientais e de fatores genéticos. Os sintomas mais freqüentes são diarréia e dor abdominal em cólica com náuseas e vômitos acompanhados de febre moderada, sensação de distensão abdominal piorada com as refeições, perda de peso, mal-estar geral e cansaço. Pode haver eliminação, junto com as fezes, de sangue, muco ou pus. Como não há cura, o objetivo do tratamento é o controle dos sintomas e das complicações.

Retocolite ulcerativa: Retocolite ulcerativa inespecífica é uma das moléstias inflamatórias que acometem o intestino. Seus sintomas são semelhantes aos de outras moléstias do aparelho digestivo. Não se conhece a causa da retocolite ulcerativa, mas fatores genéticos e auto-imunes estão envolvidos no seu aparecimento.
A inflamação da retocolite ulcerativa inespecífica é superficial, crônica e exuberante. Atinge exclusivamente a mucosa que reveste o intestino grosso e provoca lesões contínuas nas áreas em que se manifesta.

Síndrome do cólon irritável: Síndrome do cólon irritável é um distúrbio na motilidade intestinal não associado a alterações estruturais ou bioquímicas e que se caracteriza por episódios de desconforto abdominal, dor, diarreia e obstipação (prisão de ventre) presentes pelo menos durante 12 semanas, consecutivas ou não.

Má digestão: Sintomas: sensação de estômago cheio, enjoos, eructações (arrotos), vômitos, sonolência após as refeições, dores abdominais. Causas: comer depressa sem mastigar direito os alimentos, beber líquidos em excesso durante as refeições, abusar de alimentos gordurosos e de frituras.

Flatulência: são gases intestinais que podem causar grande desconforto porque provocam distensão abdominal. Podem ser tanto ingeridos com a comida como produto final de uma fermentação de carboidratos por bactéria. A intensificação da flatulência pode ocorrer em pessoas ansiosas, que falam ao comer ou que comem muito depressa, ou em pessoas que sofrem de parasitoses intestinais.

Peritonite:  é a inflamação do peritônio, que é uma membrana serosa que reveste a cavidade abdominal. Este tipo de afecção pode ser difusa ou localiza e, primária ou secundária. A primária relaciona-se com a disseminação bacteriana por via hematógena ou diretamente pela cavidade abdominal, sem que haja perfuração de uma víscera oca. Já a secundária, que é muito mais comum está relacionada com infecções intra-abdominais causadas por bactérias e/ou suas toxinas. Estas chegam à cavidade quando há o rompimento de alguma víscera oca, como intestino, apêndice e estômago. Outras causas podem ser inflamação da vesícula biliar ou enzimas geradas por uma inflamação do pâncreas, úlceras perfuradas, complicações renal ou hepática, complicações da diálise peritoneal. O primeiro sinal clínico observado é a dor e sensibilidade abdominal, agravada durante a movimentação. Outros sintomas são: líquido no abdômen (ascite), não evacuação de fezes ou gases, distensão abdominal, febre, baixa produção de urina, náuseas, vômitos e sede.

Doença diverticular:  é uma herniação ou projeção saculiforme da mucosa através da massa muscular, geralmente do cólon. A protrusão ocorre freqüentemente no ponto em que a artéria nutriente atravessa a massa muscular, interrompendo a integridade da parede do cólon.
A diverticulose afeta principalmente o cólon sigmóide, e isso pode ser devido a uma maior necessidade de intensas contrações musculares pelo cólon sigmóide. Assim, contrações de maior amplitude, combinadas com a presença de fezes constipadas, resultam no aparecimento destes divertículos.

Cancro do cólon: é um câncer maligno que afeta o intestino grosso e/ou reto. Este tipo de câncer é um dos mais freqüentes, e em geral está relacionado ao sedentarismo, obesidade, tabagismo, história familiar de câncer colorretal, predisposição genética, à dieta rica em carnes vermelhas, e possivelmente, à dieta pobre em fibras. O tratamento consiste na retirada do tumor, que pode ser endoscópica (colonoscopia) ou cirúrgica. Além disso, pode haver a necessidade de tratamento complementar com quimioterapia e radioterapia, que são indicados antes ou após a cirurgia, e nos casos mais avançados, para que se evitem ou se tratem as lesões metastáticas.