sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

5ª aula (Patologia do sistema uterino)

Antes de começar o estudo de algumas principais patologias uterinas, vou ressaltar a pergunta que acredito que muitas pessoas ainda tem dúvida sobre o assunto. Foi retirada do site do INCA do Ministério da Saúde.

Qual a relação entre os HPV e o câncer do colo do útero?
Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Eles são classificados em, os de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos.
Quais são eles?
Os vírus de alto risco, com maior probabilidade de provocar lesões persistentes e estar associados a lesões pré-cancerosas são os tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros. Já os HPV de tipo 6 e 11, encontrados na maioria das verrugas genitais (ou condilomas genitais) e papilomas laríngeos, parecem não oferecer nenhum risco de progressão para malignidade, apesar de serem encontrados em pequena proporção em tumores malignos.



Tirando essas dúvidas ficará muito mais fácil o entendimento da matéria a seguir.


Tumor maligno

Os carcinomas cérvico-uterinos podem ter os seguintes tipos histológicos:
Carcinoma epidermóide: é um tumor maligno desenvolvido a partir de células epiteliais.
Adenocarcinoma: é uma neoplasia maligno que se origina em tecido glandular.
Carcinoma adenoescamoso: neoplasia maligna que se origina em tecidos epiteliais escamosas.

Câncer de colo de útero: é um câncer de crescimento lento. O quadro clínico de pacientes portadoras de câncer de colo do útero pode variar desde ausência de sintomas (tumor detectado no exame ginecológico periódico) até quadros de sangramento vaginal após a relação sexual, sangramento vaginal intermitente (sangra de vez em quando), secreção vaginal de odor fétido e dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico é, predominantemente, clínico. A coleta periódica do exame citopatológico do colo do útero conhecido como papanicolau, além da coleta do citopatológico, é realizado o Teste de Schiller (coloca-se no colo do útero uma solução iodada) para detectar áreas não coradas, suspeitas, fundamental para o diagnóstico.O tratamento das pacientes portadoras desse câncer baseia-se na cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

Tumores benignos 

definição de pólipo: é termo clínico aplicável a qualquer formação, séssil ou pediculada, que faça relevo a partir da área de implante em relação à superfície adjacente, independente de sua estrutura histológica.

Pólipos endometrial: geralmente são proliferação das células endometrias, glândulares, oriundas do endométrio ou da endocérvix. Podem ser pediculado ou séssil, designa a formação polipóide que reproduz total ou parcialmente o endométrio.

Cervicite:  a cervicite é uma inflamação do colo do útero, também conhecido como cérvice uterino.
Cervicite é uma irritação do colo do útero provocada por um número de organismos diferentes. Causas comuns são a gonorréia, herpes, clamidia e infecções bacterianas. Existem também cervicites crônicas comuns nas mulheres depois do parto. É associada também freqüentemente com a gravidez e o uso de contraceptivos orais. Menos geralmente, a cervicite é causada por sensibilidades a determinados produtos químicos, incluindo aqueles nos espermicidas, no látex das camisinhas, e nos tampões vaginais.

Papiloma Vírus Humano (HPV):  nome genérico de um grupo de vírus que engloba mais de cem tipos diferentes, pode provocar a formação de verrugas na pele, e nas regiões oral (lábios, boca, cordas vocais, etc.), anal, genital e da uretra. As lesões genitais podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer do colo do útero e do pênis. A transmissão se dá predominantemente por via sexual, mas existe a possibilidade de transmissão vertical (mãe/feto), de auto-inoculação e de inoculação através de objetos que alberguem o HPV.  Diagnóstico: As características anatômicas dos órgãos sexuais masculinos permitem que as lesões sejam mais facilmente reconhecíveis. Nas mulheres, porém, elas podem espalhar-se por todo o trato genital e alcançar o colo do útero, uma vez que, na maior parte dos casos, só são diagnosticáveis por exames especializados, como o de Papanicolaou (teste de rotina para controle ginecológico), a colposcopia e outros mais sofisticados como hibridização in situ, PCR (reação da cadeia de polimerase) e captura híbrida. Sintomas: pode ser assintomática ou provocar o aparecimento de verrugas com aspecto parecido ao de uma pequena couve-flor na pele e nas mucosas. O tratamento pode ser clínico (com medicamentos) ou cirúrgico: cauterização química, eletrocauterização, crioterapia, laser ou cirurgia convencional em casos de câncer instalado.


Obrigada, Patrícia Carvalho

Biblografias

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